Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, junho 30, 2003

Dizem que esse mundo não tem jeito. Tem jeito sim. Se eu não acreditar nisso nem saio mais de casa. Eu imaginei que nunca veria a possibilidade de criação de um estado palestino. Td bem que existe uma estratégia estadunidense de mudar sua imagem de grandes fura-olhos mundiais por trás da mobilização. Mas, fazendo isso, pra mim, só confirmam como sua política externa é realmente péla-saco. Fomentaram durante anos a discriminação dos palestinos dentro do seu próprio país, mas agora acham bom pra sua imagem a criação do tal estado. Ao menos os palestinos devem tirar lucro disso, espero.



Há um ano, a essa hora, tava eu desbundado e alucinado, pulando, cantando e sorrindo na Avenida Boa Viagem, lá em Recife. Estava comemorando o penta. Assisti a copa toda lá no bairro de Candeias, ao lado de Kléston (o casado) STA e RMRO. Era engraçado, eles nunca entenderam como eu podia gostar daquele esporte tão besta. Mas no fim das contas, todos acompanhávamos.

Uma final às 8h da manhã de um domingo é algo, no mínimo, ingrato, mas deu pra gente se divertir. Lembro que eu dizia que RMRO tinha que estar acordada, pq com ela dormindo o Brasil não fazia gol. Com jeitinho ia lá dar jogar um caô nela pra bichinha levantar.

Ganhamos com dois gol de Ronaldo Nazário, grande rubro-negro e suburbano como eu. O mesmo Ronaldo que eu taquei pedra pra burro contestando sua convocação. Há um ano tava eu de bico calado e sorriso no rosto.

Após ver o jogo de modo familiar, fui para Boa Viagem de carona com Kléston que falou algo que me deixou ainda mais feliz. Disse que só havia assistido os jogos em casa e não com a então noiva por minha conta, pq gostava de estar lá torcendo comigo. E é verdade, me dei conta depois. Ele viu esses jogos todos ao meu lado, só aquele clássico contra a Inglaterra foi diferente, mas esse é outra história. Muito legal isso, melhorei o humor só de lembrar.
Um dia em que eu estava na cidade errada

Dia 28 de junho de 2003. Tudo, mas tudo errado. Primeiro pq havia prometido pra mim mesmo que estaria em Recife no casamento de Kléston, grande figura, designer, paraense, irmão de RMRO, primo de Catirina, amigo de STA e Bicha Superpoderosa, torcedor do Sport, marido da Top e definitivamente sangue bom. Não deu, ficou muiiiito puxado pra esse trabalhador braçal da Comunicação ir até a capital de Pernambuco e voltar num fim de semana. Um vôo básico fica por mais ou menos mil reais.

Nesse vazio do que fazer, optei por assistir o Mais Querido no Maracanã. Seria teoricamente um jogo fácil com três pontos fáceis. Tudo teoricamente. Como o faz-me-rir só sai essa semana, não tinha dinheirinho para bancar o esforço de ir ao jogo. Seu Carlos patrocinou a parada. Mas antes, para dar uma de bom menino ainda atendi um pedido de D. Glória, o que me fez perder a hora.

No fim das contas, após vazar com Ervilhão varadado pela Avenida Brasil, cheguei no Maracanã com 15 minutos de primeio tempo. Faltava encontrar companheiro Jacomo-negão, o único jornalista de dreadlocks que conheço. Já no fim da primeira etapa encontro o companheiro. E aí vem uma supresa. Próximo dele vejo um amigo de infância, que cresceu comigo em Bangu, mas que mora em Fortaleza. Com o maior prazer vou falar com o cara. É sempre bom ver pessoas queridas.

Aí terminaram os bons momentos no Maracanã. Nesse dado instante, parece que um condor cagou bem no meu cucuruto...

O sábado fica ainda mais triste
Meu camarada, irmão do moleque que juntou a galera e comprou um barril de chope semanas atrás pra gente assistir outro jogo do Flamengo, estava com seu irmão mais novo e o cunhado, esse uma alma sebosa sem precedentes.

Sou absolutamente passional nas arquibancadas. Não sou em casa, mas no Maracanã, num jogo do meu time e na minha torcida, eu falo, grito, pulo, choro, vou a loucura. Quem já me acompanhou num momento desses sabe da minha paixão. É justo um momento em que ponho tudo pra fora, saio dali levinho, levinho, ainda mais quando o time ganha.

Pois bem, o tal alma sebosa era torcedor do rival carioca, o time da colina. Ficou todo o resto do tempo cantarolando musiquinhas do referido clube, cantando musiquinhas do Cruzeiro, torcendo contra em voz alta. O incomodo era flagrante. Todos os torcedors nos arredores já olhavam pro moleque de cara feia. Pô, se o cara quer torcer contra, que torça, mas respeite a maioria. Ali é jogo do nosso time e no lado onde a nossa torcida costuma ficar, à esquerda das tribunas.

Quando houve o primeiro pênalti, minha paciência acabou. Olhei pra ele e disse "se rolar gol, vou te encher de porrada". Não deu outra. Foi gol e parti pra cima da criatura que comemorava feliz da vida.

Papa Mike na parada
A ficha caiu logo depois. Pô, não posso fazer isso, não posso bater em um infeliz inconseqüente. Se ele nao tem responsabilidade, eu tenho. Mas já era tarde. Com a ficha já caída, dei-lhe um esporro gritando com os dois dedos na cara da criança. Parei quando um papa mike veio falar comigo.

O moleque, cheio de covardia, veio querer me pegar pelas costas. Perdeu, o papa mike o impediu. Aí veio o caô "quero ir pra DP, quero dar queixa". Haha. Achou que eu fosse arregar. Eu disse, "vâmbora". Já ciente da cagada, não ia ficar sofrendo. Se ele quer levar até as últimas conseqüências, levo da mesma forma. E quero ver me acompanhar.

Quando um dos papa mikes que conduziam o procedimento me pediu para acompanhá-lo enquanto pedia uma viatura para nos conduzir para DP, provavelmente meu camadara e cunhado da alma sebosa mandou a critura se adiantar. Quando todos voltamos, ele havia sumido. E se não há queixante, não há queixa.

Diante da situação, os papa mikes (absolutamente cordiais, é bom que se diga) me pediram para ficar sentado perto deles. Deram-me, como toda razão, um belo sermão. Eles sacaram que eu não era desse tipo de coisa, visto que tenho 20 anos de Maracanã e nunca me envolvi em qq tipo de briga, confusão ou similar. Jacomo-negão chegou, ao meu lado, confirmou minha história.

Castigo
Foi só voltar pra arquibancada e vi outor pênalti pro Figueira e o conseqüente gol. Voltei ainda em tempo hábil para ver o segundo gol dos caras. Some-se a isso, a total ciência de que cometi uma grande cagada e, pior, fiz feio pra burro no reencontro com o camarada de infância. No fim das contas, a consciência é que ficou mal.

Os papa mikes ainda me disseram que dei mole por um simples fato. Era só chegar até eles, relatar o que se passava que ele retirariam o elemento das nossas proximidades. Agora já sei.

"Libera ele!"
Ao menos não foi tudo perdido. Quando voltei para a arquibancada, a galera que estava nos arredores ficou gritando "libera ele! libera ele! libera ele!". Alguns ainda desceram para falar com os papa mikes, dizer o que viram. No fim do jogo, os papa mikes me cumprimentaram e disseram que não queriam mais me ver nessa situação. E eu ídem.

Ironia. Ainda acabei aquela tarde infeliz como herói de alguns. O tal moleque péla-saco tem histórico, é um marrentinho e folgadjo já conhecido, já levou uns belos botadões nos cornos dados por Irmão-Léo anos atrás quando eram adolescentes. Acabei lembrando disso depois. Só que, além de cunhando do parceiro, é sobrinho do meu padrinho, aquele mesmo absurdamente figura e amigo do meu pai. Bom, deixa quieto.

Se meu time ganha eu nao ligo pra ninguém de time derrotado, nao vou gritar na porta de ninguém e nem ficar ficar fazendo piadinho no dia seguinte. Venceu? Blz. Mas nao vou tripudiar. Nao gosto. E da mesma forma que nao gosto, nao admito que faça comigo. A proposta é: tratas as pessoas da mesma forma como deveria ser tratado.

Espero que ao menos aquele moleque seboso tenha aprendido a não mexer com a paixão dos outros. Se eu estivesse em Recife nada disso teria acontecido... :-(

sexta-feira, junho 27, 2003

Uh!
Cadê o Falou & Disse?
Sumiu!
Que cena...

A vinda para o Centro é feita, de segunda a sexta, nas simpáticas vans que fazem essa ligação. Elas vêm pela Avenida Presidente Vargas e, quase no fim da vida, viram a esquerda na Avenida Rio Branco. Hoje, estava eu numa dessas, quando o veículo parou no sinal que faz esquina com a Rua Uruguaiana, a cem metros de onde costumo descer. O motorista puxou o freio de mão e disse "vou ali trocar dez reais pra dar o troco". Como assim?! Os passageiros se entreolharam sem enteder.

O cara desceu, foi na van que estava parada atrás, trocou o dinheiro, voltou pro carro, soltou o freio de mão, já ouvindo buzinas de motoristas aloprgados, e só aí o sinal abriu. Ele saiu com o carro como se nada tivesse acontecido. Não é que deu certo?
"Quero voltar pro saco do meu pai!"

Ando tendo opinião demais. Sei lá, não tenho cultura nem leitura pra ter tanta opinião assim. Não sou psicólogo, antropólogo, psicólogo ou qq outro 'ólogo' que me confira moral pra falar de tudo o que tenho falado mesmo, sou só mais um bacharel em Comunicação, habilitado para o exercício de Jornalismo, que ainda vê o mundo com olhos de repórter.

É tão mais fácil não se informar, ignorar as coisas. É mais fácil ser feliz assim, sem se importar com essas coisas maletas. Me veio à cabeça aquela cena, em Matrix, onde Keanu Reaves escolhe entre a pilula azul e a vermelha...

Aí, me vem a cabeça a frase que vi numa camiseta há quase dez anos, em Cabo Frio, quando ia passar férias lá. A frase é essa no título no post. Tem dias que, se pudesse, eu voltava mesmo.
Neurose? Acho que não

Ontem a noite, tava lá eu no sapatinho e de bob quando seu Carlos entra no quarto onde eu estava e manda na lata as seguintes perguntas:

Seu Carlos: Quanto tempo aquele menino que fez Cidade de Deus ficou preso?

PPS: Sei lá, uns 10, quinze dias.

Seu Carlos: Quanto tempo o Edmundo, que foi condenadado até pelo STF, ficou preso?

PPS: Dia nenhum.

Seu Carlos: Será que roubar uma bolsa é pior do que matar gente?

É, né. Na qualidade de chato apontaria mais um exemplo de como vivemos numa sociedade racista bem na cara de todo mundo. O preto, pobre e favelado foi pro xilindró (e tava errado mesmo) e o branco, rico e jogador de futebol goza de total liberdade e ainda é ídolo em certas paragens.

Se isso não for um caso escandaloso de dois pesos e duas medidas, peço que alguém me explique do que se trata.

quinta-feira, junho 26, 2003

Fiquei bolado



Há pouco os camaroneses venceram a Colômbia naquela furiguda Copa das Confederações, só que o Foé, negão que jogava no meio campo caiu no meio do campo durante o primeiro tempo e se foi. Eu já expus minha teoria da Lista do Zé Maria e não é que o famigerado Zé passou no jogo e recolheu o nobre camaronês. Que Deus o tenha.

La Bombonera

O maior alçapão do mundo, estádio Alberto J. Amado. Ainda hei de estar lá num jogo entre Boca e River, torcendo pelo Boca. Toda vez que assisto um jogo lá fico impressionado. É o mais perfeito caldeirão que existe.


Confiança x Soberba

Conversando hoje com companheiro Eduardo, falávamos de como a confiaça santista virou soberba. Os caras têm que tomar cuiado. Não é por aí. Acho que já entraram em campo já achando que estava tudo ganho. Sabe como é, time do pelé, garotos - como o Pelé quando surgiu - fazendo bonito dentro de campo, ganhando respeito pelo bom futebol... Só esqueceram que têm que ganhar as partidas. Esqueceram tb que é o Boca, time já cascudo, só com marmanjo argentino, eles só tem um moleque no time, enquanto o Santos só tem moleque. Isso vai fazer diferença...

Mas o que eu nao gostei foi a pose do Fábio Costa e a forma com que ele falou "Nós seremos campeões". Cuidado, hein. O negócio é na bola, têm que ganhar na bola...
E o Santos?

Pô, ontem comecei a ver o jogo torcendo amarradão pelo Boca. A simples idéia de ver Leão campeão da Libertadores me deixa fulo. Mas foi só ver alguns instantes pra me pegar torcendo pelos paulistas. Pô, mesmo com o péla-saco do Leão como técnico os moleques são brasileiros e tem até uns assim da minha cor, né. Como torcer por um bando de branquelos com sobrenome italiano? Nada contra os branquelos nem contra os descendentes de italianos, mas eu tenho mais a ver com os camaradas de Santos.

Pena foi ter visto que a molecada não teve sorte contra o Boca. Os portenhos jogaram menos, mas fizeram mais gols. E desde quando me entendo por gente, ganha quem faz mais gols. O time branco tocou, tocou e tocou, mas nao entrou pouco na área dos argentinos. Robinho jogou nada e Diego apanhou muito. O que dizer do Alex? Foi um dos maiores moles que já vi um zagueiro dar numa final de campeonato aquela furada na cara do Fábio Costa. Inclusive, o Fábio Costa nao é isso tudo, nao hein. É grandão, tem mó presença, mas falta reflexo. O primeiro e o segundo gols sofridos por ele mostram isso.

Acho algo meio complicado o time praiano reverter a parada em São Paulo, mas o grande barato do futebol é que isso é plenamente possível. Logo, assistirei o jogo amarradão.

Mas uma coisa me deixou feliz. Hoje pela manhã fui, obviamente, ler os jornais argentinos. Ver o que falavam do jogo de ontem. E não é que elogiaram o time do Santos e falaram da sorte argentina. Sinistro é ler que estão a meio caminho do título, o que nao é mentira. Se quiser, olha lá no
Clarín e no Página 12.


Imagem roubada do Arnaldo.
E eu reclamo de geral

Reclamo do governo estadual, mas tb chio do municipal.

Jah andei reclamando aqui da Praça que tah lah, protinha e reformada na esquina da minha rua, mas esperando uma famigerada 'vaguinha' na agenda do prefeito para sua inauguração. Na qualidade chato, enviei, na noite de segunda-feira, um e-mail para o referido prefeito dizendo o que pensava. Na manha de terça, a mensagem havia sido respondida e repassada para o e-mail pessoal do secretario Municipal de Obras, pedindo atençao ao proprio.

Como sou um cara tolerante e sei que o alcaide e seu secretario devem ser pessoas ocupadas, vou esperar ateh a segunda-feira que vem pra me manifestar outra vez.

Mas ter uma obra pronta esperando para ser inaugurada como um ato político e privar toda a população dos arredores de espaço de lazer eh, no minimo, um grande absurdo. Fora isso, deixar o lugar que é central no bairro TOTALMENTE APAGADO eh diminuir o conforto e deixar os moradores dos arredores numa situaçao de perigo.

Hoje eu to muito chato, muito reclamao. Logo mais reclamo de mais alguma coisa.
Que maneh Zona Sul Legal

Coronel Bolinha, que no momento brinca de ser secretario de Segurança Publica, bolou esse tremendo embuste que eh o Zona Sul Legal. O tal programa se propoe a ser uma tipo de Tolerancia Zero, começando por Copacabana.

Tah, muito bom, mas p q começar pela Zona Sul quando a Tijuca tem indices maiores de criminalidade, visto que fica num vale cercada por morros por todos os lados?

P q nao começar pelo Centro da cidade onde gente de todas as partes da cidade ou do Grande Rio circulam diariamente convivendo com população de rua?

P q ignorar locais como Ramos e Bonsucesso que tem indices de criminalidade muito maiores que qq bairro da Zona Sul?

Serah que soh eh cidadao quem mora na Zona Sul? Alguem tem que lembra a ele que a menor parte dos cariocas e dos fluminenses habita a Zona Sul carioca, os demais ou moram na Zona Norte, na Zona Oeste ou na Regiao Metropolitana.

Bom, ele vive se gabando de ter escrito um livro sobre Segurança Pública - que nao lembro de ter visto ninguém comentar ter lido-, mas parece nao ter noçao de como lidar com o problema.

Ontem li no blogue da Tatiana sua idignação com o mesmo programa. Ela reclamava de outro ponto falho, o tal Zona Sul Legal pretende fazer um faxinão, ou seja, tirar a população de rua do bairro, levando para abrigos. Ah, tah. Maneiro, neh. Soh que eh muito fácil quem quer ficar na rua driblar isso, eh vazar pra outros bairros e esperar a onda passar. Além do que todo mundo volta pra rua e p q? Pq ateh nao rolou qq programa verdadeiramente capaz de encaminhar esse povo.

Ou eles podem levar essas pessoas pra Fazenda Modelo, lá no fim de Campo Grande, onde enfurnam essas pessoas na esperança que nao voltem mais a 'incomodar' por terem sido colocadas a uns 50 km do Centro e uns 60 da Zona Sul.

Enquanto isso, continuamos nós, fluminenses, com o péla-saco ex-governador brincando de secretário de Estado. Alguem pode avisar a ele que seu amigo, o Chiquinho da Mangueira, tem acusacoes graves de ter envolvimento com o Camando Vermelho e, mesmo assim, despacha tranquilo e feliz do seu gabinete.

O tal combate a violencia estah sendo feito no lugar errado e perseguindo as pessoas erradas.
Acentos? Pra que acentos?

O administrador do blogger mudou tudo. E agora?

quarta-feira, junho 25, 2003

Invasão rái-téqui

Durante o meu diário engarrafamento nas imediações do Complexo da Maré, em Bonsucesso, deparei-me com mais uma supresa que esses lados da cidade proporciona.

Só pra localizar, o Complexo da Maré é um conjunto de quase 20 favelas que se ergueram a margem da Baia de Guanabara. O complexo ou o Bairro da Maré, como já chamam, ficou com seu espaço limitado pelo surgimento e crescimento da Avenida Brasil. Décadas depois, as Linhas Vermelha e Amarela terminaram por emoldurar as comunidades que ficam espremidas entre as vias expressas.

Bem em frente a elas, do outro lado da Brasil (logo, fora da Maré) existia um local, que eu nunca soube se era um clube ou simplesmente um galpão, conhecido como Chaparral. Lá, rolava um dos bailes funk mais conhecidos do Rio, reza a lenda que era um dos mais violentos inclusive. Era promovido pela extinta equipe ZZ, do Zezinho, ex-milico da marinha que, envolvido em parada errada, rodou e levou sua equipe junto pro buraco.

Eis que após o fim do baile do Chaparral o galpão ficou abadonado, esquecido e deixado de lado. Como passei algum tempo fora do Rio, não acompanhei a evolução diária do local, mas hoje pude perceber que todo galpão foi 'loteado'. Olhando-se lá para dentro é possível ver uma enormidade de construções de alvenaria. Até no terraço parece ter casas desse tipo. É uma paisagem composta por paredes de tijolos. Os prédios adjacentes dão a impressão de que seguiram o mesmo caminho. A uns 50 metros há outro totalmente invadido. Cada janelinha parece ser de um apartamento improvisado, algumas janelas foram até fechadas com mais tijolos.

Só que no teto desse prédio, como uma cereja do bolo, está um antena de tevê por assinatura. COMO ASSIM??? Se os caras invadem um prédio de outrem, penso que não devem ter condiçoes de comprar um imóvel ou mesmo alugar. Pior, moram numa invasão que não deve ter, sequer, energia elétrica (td bem que um gato resolve isso) e nem saneamento. Como podem ter uma antena dessas? Td bem que pode ser só de molecagem e pra tirar onda, mas que a bichinha tá lá, ah tá.
Aterrorizando o Vicente

Uma conversa informal com a chefia rendeu o maior susto até agora por aqui. A empresa tem um novo presidente que assumiu o cargo há cerca de uma semana e está, ao poucos, instituindo o seu jeito, sua forma de pensar e tal.

Nessa onda, veio a chefia e mandou:

Chefia: Ó, acho que vcs vão que usar terno.

PPS: Ahn? (engasgando com o susto)

Chefia: É, o novo presidente que pediu.

PPS: Peraí, como assim? Eu tenho um nome e uma imagem a zelar.

Chefia: Calma, isso não é certo. Talvez vc não seja obrigado a usar.


Ufa. Não sabe brincar, não brinca. Quer me matar do coração? Se eu quisesse usar terno tinha optador por ser advogado, administrador, contador, economista ou sei lá, essas paradas aí que neguinho é engravatado. Pô, fala sério. Ter que andar fantasiado com um pedaço de pano pendurado no pescoço no Rio de Janeiro é demais pra minha cabeça.

terça-feira, junho 24, 2003

Desafio

Na qualidade de dono do Bangulhão, time que tenho cadastrado no Trivela, do Globo.com, desafio quem quer que seja para um partida no referido jogo on line. E tenho dito.
Ele se foi...

Informamos por meio deste post que o blogue de Tuninha, tunics.blogspot.com, subiu no telhado. A respectiva não deu maiores esclarecimentos além de ter declarado "cansei do brinquedinho". Então tá, né. Só que mesmo desativado, ele continua no limbo dos blogs, assim como ocorre com o penúltimo da Vanessa. Vida que segue.
Foi só dizer que tava duro que neguim até deixa de comentar nesse blogue furingudo. Eu, hein.

segunda-feira, junho 23, 2003

Aceito doações

Esse jovem jornalista carioca quebrou a firma, literalmente. Estourou o cheque especial e não tem mais de onde tirar dinheirinho. Logo, aceito doações em dinheiro, tíquetes e vales-transporte. Diante dessa situação pindaimbística e periclitosa, chopes, saídas e jogos do Flamengo estão suspensos até segunda ordem. A não se que almas caridosas e desapegas de bens materias se predisponham a arcar com os custos desse mesmo jovem jornalista carioca. Aí, que tal?

Agora tenho uma missão: sobreviver até o dia do pagamento.

Esse post foi inspirado na situação tb pindaimbística da coleguinha paulistana Elis que postou o mesmo, só que de forma mais singela no seu blog.
Eu só queria começar bem a semana...

Como a vida faz judaria com a gente, né. As vezes não tem pra onde fugir, nem como correr. Ontem a noite dormi cedo, pra acordar cedo na manhã de segunda-feira e, obviamente, chegar cedo no trabalho. Tudo deu errado. Até a parte de acordar, tomar banho, tomar aquele leitinho com nescau esperto, ler o jornal, ver o telejornal local matinal e sair de cada, tudo sobre o mais perfeito controle.

Foi só chegar ao ponto pra pegar a condução e... 50 minutos de espera. Ruim? Não, ainda ia piorar. Assim que entrei na simpática van saquei o livrinho sobre o Afeganistão que tava na lista pra ser lido e vim. Coisa de umas 110 pagininhas, coisa pouca. Foi só a condução chegar na Avenida Brasil que a velocidade do carro diminuiu drasticamente... E lá eu lendo pra esquecer do interminável engarrafamento.

Sei que é mais uma lamentação de um jovem trabalhar suburbano, mas um sujeito que se prontifica a trabalhar pra sobreviver honestamente não pode levar três horas no trajeto pro escritório. São 180 minutos perdidos. Foram quase duas horas de atraso por conta do trânsito lento. Agora, houve acidente? Nada além do normal. Deve ser excesso de carros mesmo.

O pior é que lendo o tal livrinho ("O Afeganistão"), um texto do cineasta iraniano, Mohsen Makhmalbaf, que filmou aquele filme "A caminho de Kandahar", fiquei com vergonha de achar que eu tava sofrendo. Esse meu drama pra começar uma semana de trabalho não é nada versus nada diante do relato lido sobre a tragédia que é a situação afegã. Os caras têm tudo contra o seu desenvolvimento, a geografia, a história, a cultura... Que horror.

Tá bom, sofri à vera pra chegar aqui e já ocupei minha baia sentindo-me meio mastigado, mas graças ao bom Deus (que é brasileiro), sou carioca e vivo na cidade mais sangue bom do mundo.

O pior é que cheguei antes de terminar o tal livrinho triste... Faltam menos de dez páginas pra eu terminar de sofrer só imaginando o sofrimento mór do povo afegão.

domingo, junho 22, 2003

Será que ele vai aprontar?

Bom, estou convencido há algum tempo que o Romário é gato, deve ter 40 anos, mas como corre pouco, ainda joga e faz sua graça. Mas três gols, com um de bicicleta eu não esperava. Flu 5 a 2 no Guarani. Bom, sorte ao tricolor.


Foto do Fernando Maia
Parece mas não é

Até Dona Glória veio me quizumbar, disse que virei casaca. Virei não. Admiro e não tenho vergonha de dizer, sou fã da Portela, sim. Mas o coração é verde e branco. Assim como quase toda a juventude de Bangu, sou Mocidade Independente de Padre Miguel e ponto final.

Sobre isso eu postei no dia 25 de fevereiro.
"Sonhos de Natal"

João Nogueira e Paulo Cezar Pinheiro
Puxado por Kandanda (que fim levou Kandanda que era um grande e promissor puxador?)

Vem chegando a Tradição
Benzendo o chão da passarela
E pra falar nos sonhos de Natal
Pedimos licença a nossa querida Portela
Entre Osvaldo Cruz e Madureira
Ele pôs sua bandeira
E fez seu estado maior

Senhor da fé e patrono da alegria
Samba, jogo e valentia
Comandou com um braço só
Ccom um braço só

Com um braço só, já dei tapa em vagabundo
Dei a volta pelo mundo, mas também já fiz o bem
Com um braço só, vou viver a vida inteira
Mandando em Madureira e em outras terras também

Oh, Natal que sauade
Foram dezenove carnavais
Toda a cidade era felicidade
Sonhos bonitos que já não voltam mais

Vem e guia seus filhos
No derradeiro sonho do seu coração

Volta pra avenida iluminada
Mostra pra rapaziada
O que é a Tradição

Chegou, chegou mas só vem quem quer
Quem é sonhador, como a gente é
Chegou, chegou pra dizer no pé
Respeitando os sonhos do senhro da fé


Natal só tinha um braço mermo, mas tinha uma moral que, reza a lenda, deixou muito malandro pianinho. Foi ele quem inventou essa parada de patrono nas escolas de samba. Em tempo, antes de morrer João Nogueira voltou pra Portela, de onde tinha saído poucos anos antes pra fundar a Tradição.

O tal samba

E achei o disco que procurava: "Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo 1A" de 1987. Esse não é o que tem as grandes escolas (que tb tenho), pq rolou um piti esse ano e algumas escolas fizeram o 'disco do B'. O tal LP (sinistro lembrar dessa sigla de Long Play) tem as escolas conhecidas como Salgueiro com aquela samba lindo "E por que não?"; a União da Ilha com "Extra! Extra!", uma homenagem a imprensa; Jacarezinho com "Lupicínio Rodrigues, a dor de cotovelo"; Caprichosos de Pilares com "Ajoelhou tem que rezar"; a São Clemente com uma dos meus sambas de enredo críticos favoritos, "Capitães de Asfalto"; todas do tal grupo 1 A que seria a Primeira Divisão. Depois vêm as do 1B (todos no mesmo disco),a Segundona, com as menos conhecidas como Lins Imperial; Unidos da Tijuca com "As três faces da moeda" falando da desvalorização das moedas brasileiras; Acadêmicos do Engenho da Rainha; Lins Imperial; Unidos de Lucas; Indpendente de Cordovil; Arranco do Engenho de Dentro; e, claro, a Tradição com o samba que os levou pela primeira vez para desfilar junto com as grandes escolas: "Sonhos de Natal". Composição simplesmente de João Nogueira e Paulo Cezar Pinheiro, um dos melhores sambas-enredo que eu já vi em um desfile. Eu só acompanho desde 1984.
Vinis

Lendo sobre Natalino José do Nascimento, o Natal da Portela, lembrei-me de um antigo samba da Tradição. Fui lá no antigos discos que, como a maioria so vinis, estavam empoeirados. E não é que redescobri coisas do arco da velha. Blog, como seu Carlos comprava discos de jazz. Tem desde Louis Armstrong, Ella Fritzgerald, Miles Davis, Dave Brubeck, Cole Porter, Egberto Gismonti e até Raul de Barros, pq pai de moleque firuleiro tb é firuleiro. Raul de Barros com um disco só pra gafieira. Ixpetáculo!!!

Descobri até disco de frevo! Estou abismado. E cheguei até onde eu queria, os antigos vinis de sambas-enredo. Sim, como amante incondicional e apaixonado das escolas de samba, tenho vários. Após o falecimento de Seu Roberto (figura ao extremo, torcedor do Bangu, funileiro de profissão, ex-alegorista da Acadêmicos de Santa Cruz e meu avô) ainda herdei felizmente perólas com as gravações das escolas dos anos 70. Tenho que procurar pra ver se rola o clássico "Os Sertões", da Encima da Hora, acho que de 1976. Se tiver isso na minha discoteca, juro que vou tirar onda.

Fora isso ainda tem muita coisa, mas o que me deixa triste é que não tenho onde escutar. Preciso resolver isso com urgência.

sexta-feira, junho 20, 2003

Preciso me encontrar
Candeia

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar

Quero assistir o sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém
Por mim perguntar
Diga que eu
Só vou voltar
Depois que eu me encontrar.


Eu sei, eu sei. É lugar comum, mas eu acabei de comprar Candeia - Eterna Chama, com canções do mega poderoso compositor da Portela. Sabe quando vc tenta melhorar seu humor com um presente pra si mesmo? Pois é.
Camarões

A camisa de Camarões é maneiríssima. É necessário que eu viabilize uma para mim, assim como de Senegal (já tenho uma da Nigéria, mas é antiga).

Por falar nos africanos, golão o do Eto'o ontem. Ao todo já são duas partidas no Saint-Dennis, em Paris, com duas derrotas e quatro gols contra e nenhum a favor. Tô achando que jogar em Paris é a mesma coisa que o Flamengo jogar em Curitiba.


Peguei do Dia.
Não entendo

Um dos meus programas de contagem diz que tenho quase 12 mil acessos.

O outro programa diz que o PPS tem mais de 17 mil acessos.

Será que existe diferença conceitual entre acesso e não-acesso?
Eu já sabia

Conversando com Loira Furacão, leitora boníssima gente que me jura ser loura (embora nao tenha me convencido), ela me falou que o Rio tinha sido apontado como o lugar com povo mais simpático do mundo. Eu, mané que sou e nunca neguei, desdenhei dizendo que já sabia. Pois é, eu havia postado algo parecido há uns dias. Mas essa dessa semana veio da Revista New Scientist (leia-se níu saientisti).

Tá aqui o link da mantéria no RJ TV.
Nobre companheira rubro-negra e leitora dessa biboca virtual, Gabi, pôs no ar o seu blog, o Falso Brilhante. Esqueci de falar do decorrer da semana, mas lembrei hoje. Só quero que ela me explique como se vai do Rio pra Salvador tendo escala em Juiz de Fora, bom ela deve ir pela BR 116, a boa e velha Rio-Bahia.
Ó eu aqui

Tremenda sexta-feira estrategicamente encaixada entre um feriado e um fim de semana. Onde Vicente está? Sorrindo dentro do escritório enquanto um sol, mais sorridente que eu brilha la fora. Acontece, né. Vida que segue.

quarta-feira, junho 18, 2003

Para o alto e avante


Jean comemorando o segundo gol, em frente ao placar.

Tá, tá bom. O time azul estava desconfigurado, mas o Mais Querido tb. Inclusive, o Flamengo estava mais desconfigurado que os mineiros. Aí, os furingudos vão e ganham por um sonoro 3 a 0. É ou não é pro torcedor querer arrancar a cueca pela cabeça?

Ao menos é a segunda vitória seguida no Maracanã, seis pontos na mão. O Flamengo volta a estar perto do topo da tabela. Além de uma vitória de virada sobre o rival e outra sobre o time azul que nos venceu na Copa do Brasil há uma semana enche um time, como o rubro-negro, de confiança, né.

* A foto é do Cassiano, do Globo.
Mais siglas

Naquela favela entre Guadalupe e Fazendo Botafogo, que eu nunca soube o nome, vi escrito numa das paredes: C.V e PCC. Será? Pode até ser pilha, mas o normal é que alguém chegasse lá e riscasse a outra sigla que não tivesse necessariamente a ver com a localidade. Estranho...
Eu adoro essas chamadas

Existe um Igreja Universal em Guadalupe, bem na beirada da Avenida Brasil, na pista que vai na direção Zona Oeste, em frente a antiga Melhoral. Lá, rola um templo grande, com vitrais e tal e uma chamada no mínimo curiosa escrita diretamente na sobre a entrada: "Sessão de descarrego espiritual" (em vermelho), e logo abaixo (em azul e com caixa alta) "COM A PRESENÇA DO PAI DAS LUZES". O que seria um Pai das Luzes em uma seita pentecostal?
Mas o que mais me irrita na praça é a quadra de tênis...

As praças, como locais de lazer e integração, têm locais para prática de esportes, brinquedos e demais equipamentos para a população local ficar felizinha. O que é normal? Quadras poli-esportivas, né? Mas justo na minha esquina existe UMA QUADRA DE TÊNIS. P q diabos alguém foi construir uma quadra de tênis ali??? Acho um disparate. Primeiro: perde-se espaço para construção de outa quadra poli-esportiva (td bem, existe uma quadra assim do lado) onde váááárias pessoas podem praticar o mesmo esporte simultaneamente; é sabido que a molecada local gosta de futebol, basquete e vôlei; e Segundo, pq é um bairro de subúrbio e se entende que um esporte com material caro como o tênis não deve ter tantos adeptos no local.

Td bem que pra queimar minha língua o Fabrício, companheiro rubro-negro e amuleto de Maracanã, joga o mané do esporte e até um primo meu, um dos Peronhos, tb pratica. Mas mais quem? Será que vai ter partida de tênis mesmo ali? Na esquina da minha rua? Aposto que é mais uma clássica má utilizão de recursos públicos.
Auto agradecimento

Justo os caras que fazem a obra colocaram uma série de faixas agradecendo eles mesmos pela obra. Como assim?! Tá lá, penduradão "A comunidade agradece ao vereador Marcelino, ao prefeito Cesar Maia, ao deputado federal Rodrigo Maia e ao secretário Eider Dantas pela obra". Como é que eu vou agradecer por uma obra que nem terminada foi? E até agora só me trouxe transtorno?

Ah, fala sério.
A placa que me irrita

No pedaço bangüense em que vivo, o Parque Leopoldina, um lugar basicamente residencial, tem três praças como é normal e bairros assim. Há seis meses a tal praça está em obras. SEIS MESES!

Existe um placa prefeitura anunciando as obras onde se lê "Uma comunidade boa praça merece uma praça boa". Que coisa infame!!! Que vontade de tacar lama naquilo.
Do lado de lá do Altântico e no outro hemisfério

Hoje de manhã fui olhar o sistema que dedura os links de onde vieram os últimos acessos pro PPS. Tava lá um que eu não conhecia (De Direita), achei estranho e fui futucar. E não é que é um blog português! Os camaradas copiaram a 'Cocorocó', música do Paulo da Portela que postei há uns dias e puseram link pra cá. Achei curioso o que escreveram embaixo: "Encontrei isto por acaso, num blog chamado Preto, Pobre e Suburbano. Feito do outro lado do Atlântico, tem uns artigos sobre as claques de futebol no Brasil e um relato diário num português muito diferente do que usamos aqui em Portugal".

Bom, os caras nunca vão imaginar que uso o nosso português, claro, mas com algumas coisas mais características do Rio de Janeiro e outras mais características ainda do subúrbio carioca.

Estranho que os caras se intitulam De Direita por ser supostamente um blog com visão direitista e dão até link para o outro lado, o De Esquerda. Bom, democracia é isso.

terça-feira, junho 17, 2003

Mijão com platéia

Nos idos de 96, eu acho, os então calouros da Comunicação da Uerj fizeram um churrasco de integração. Eu, na qualidade de abelhudo e veterano popular, fui convidado pra parada que rolaria no Alto da Boa Vista. Fui e fiquei impressionado com a casa da menina anfitriã, ela simplesmente tinha a Floresta da Tijuca no quintal, um absurdo de grande.

Existia uma casa, uma piscina e um lugar coberto onde rolava a festa em si com churrasqueira e tudo mais. Óbvio que uma casa desse tamanho tinha um cachorro com aparência sinistra, latido mostruoso e cara de que queria mastigar o primeiro que desse mole. Um clássico cão de guarda. Obviamente tb, o cão sinistrão estava preso.

Em um dado momento, após algumas cervejas, lá vou eu pro banheiro procurando abrir espaço na bexiga para que novas rodadas fossem consumidas. Tô lá, diante do vaso, num banheiro que não era grande, mas também não era um ovo de pequeno, preparando-me para o momento aliviador quando ouvi do lado de fora um grande barulho. O cachorro se soltou e fugiu. E aí?

Um bando de meninas, acho que umas sete, que estava do lado de fora esperando sua vez para ir ao banheiro invadiu o meu momento de paz e alívio. Ficaram espremidas junto a porta, só que lado de dentro. Gentilmente me dirigi a elas e comuniquei.

- Não vou segurar. Quem quiser olhe, vou mijar.

Elas disseram que não iam olhar e eu acreditei. Me virei para o amigo bocão, me preparei e... nada, nem pinguinho. Não consegui. É difícil mijar com platéia.

Enquanto isso, o cachorro continuava lá fora latindo horrores e elas lá dentro, espremidas.

Na qualidade de apertado, porém impedido de mijar, fiquei esperando que a cerveja já bebida saísse. Eis que uma delas, Talitaf, teve uma idéia genial. Pediu as meninas que fizessem barulho de cachoeira. E não é que elas fizeram! Todas num inspirador 'shhhhhhhhh'.

Antes de rir, me preocupei em mijar. Já aliviado, pude me divertir com o mijão mais ridículo já realizado por esse moleque que sou.
Sabe aqueles dias em vc faz uma mega esforço pra levantar, sem ser sono? Outro mega esforço pra sair de casa e quando chega na esquina da sua se lembra que esqueceu o celular e tem que voltar ao início de tudo? Ter que sair de casa pela segunda vez é ainda mais doloroso. Esses dias em que se quer a todo custo ficar em casa deviam ser abonados no trabalho.

segunda-feira, junho 16, 2003

Será que eu vejo racismo e discriminação racial em todo canto?

Sabadão quando chegava eu no Parque Leopoldina, pedaço banguense que habito, quando me deparo com Minduím (atropelador e herói) e Binho. Esse é uma figura meio polêmica nos arredores, D. Glória o acha um pequeno demônio. Eu não vejo tanto mal no cara. A criatura é magrinha, magrinha, tão magro que alguns o chamam “Osso”, mas gosto dele. Ele me respeita e eu o respeito.

Binho não trabalha, vive de uma pensão aê, e é conhecido no bairro por ser uma figura esporrenta, zoadora e firuleira. Nada que o faça parecer alguém de mal para mim. Mas aí chegamos onde eu queria, o companheiro é (ou era) diretor da Torcida Jovem do Flamengo. Há algum tempo peço uma camisa da torcida a ele. Chato por chato, sou mais eu, e vou insistir até conseguir.

O diálogo foi o seguinte:

PPS: Cadê minha camisa?

Binho: Tu ainda quer?

PPS: Claro que quero.

Binho: Mas tu tá vendo que nego tá caindo de pau na gente, né.

Ele se referia a recente prisão de um diretor da torcida condenado por assassinato e pela campanha que o Dia tá fazendo, queimando o filme da torcida.

Binho: Pô, tão pegando no nosso pé pq a torcida é toda de marginalzinho pobre. Esquecem das outras.

Aconteceu comigo
E não é que o cara tem razão? A Torcida Jovem do Flamengo, a Jovem Fla, é conhecida justamente por ser formada pela galera mais mal encarada. Boa parte dos seus membros são aqueles moleques neguinhos ou mulatos, muitos deles bem magrinhos. O que, ao modo de ver da classe média, é o protótipo dos bandidos, dos traficantes. É só um cara desses chegar do lado que logo se sentem em perigo. Já aconteceu comigo. Já vi gente atravessar a rua pq eu ia caminhando na mesma calçada em direção as peças. Atravessei a rua tb e as figuras, com medo, voltaram pra calçada anterior. Ah, fala sério.

Uma coisa é importante frisar, não acredito que as torcidas sejam inteiramente formadas por marginais. Acredito que alguns realmente se metem ali no meio, mas pensar que todo membro de torcida organizada, na minha cabeça, é a mesma coisa que pensar que todo policial é corrupto. Não entra.

Impunidade
Há tempos atrás, quando eu era repórter, estive em contato com um delegado que investigava torcidas organizadas. O Papa Charles me disse algo que me deixou surpreso, as torcidas com mais crimes impunes eram a Young Flu (do tricolor) e a Força Jovem (do time da colina), formadas por jovens de classe média. As investigações não vão a frente porque boa porte dos moleques que faziam as cagadas tinham ‘costas quentes’. Da mesma forma existem outras torcidas basicamente de classe média como a Jovem do Botafogo ou a Fúria Jovem (também do Botafogo) e até mesmo a Raça Rubro-Negra.

E aí eu me pergunto, por que existe dois pesos e duas medidas? E me respondo: por conta do racismo e da discriminação social. E isso não é uma defesa da TJF, pq acho que quem tá errado, quem fez cagada tem que pagar mesmo. Mas não são só os caras de lá, os outros que tb têm coisas pra pagar tem que ser tratados da mesma forma, independentemente de serem classe média e brancos.


Como eu sempre quero ajudar os amigos, recebi esse anúncio de minha amiga Juliana e não custa nada compartilhar.

domingo, junho 15, 2003


Ah
Aha!
Zé do Gol é Jovem Fla!

Na foto, Zé Carlos, o Zé do Gol, comemora o primeiro gol do Mais Querido com a torcida.

Demorô! Fazia tempo que o Mais Querido não vencia no Brasileirão. Fazia tempo que o Mais Querido não vencia no Maracanã. E voltar a fazer tudo isso é muito bom, vencer de virada no finzinho é outra coisa boa, ainda mais sobre o rival. Valeu para começar a recuperar a confiança. O Flamengo é único time carioca a vencer nessa rodada, tanto na Primeira quanto na Segunda Divisão.

Não, eu não fui ao Maracanã. E não fui por dois motivos:
*Após deixar o título escapar em BH, fiquei sem condições psicológicas, mesmo em um jogo contra o bacalhau.

* Tá muito caro ir a um jogo desses, ainda mais nessa hora (às 18h), fica ruim volta pra casa de condução e ir com Ervilhão é mais vantajoso. A contabilidade dos gastos da ida do Vicente a jogo desses aponta para:

20 real de combustível (Ervilhão tb é flamenguista, ele vai aos jogos, mas fica do lado de fora)
10 real do ingresso da arquibancada
05 real do estacionamento
01 real do mate
01 real do Biscoito Globo
_____________________
37 real ao todo, o que pra mim é caro pra um jogo de futebol.

O que nao quer dizer que eu tenha deixado de torcer, de vestir a camisa e tudo mais.

A foto lá encima é do Cassiano, do Globo.

sexta-feira, junho 13, 2003

"Segunda a sexta
esporro do patrão



Sábado e domingo
vou curtindo a Furacão".

Escutei esses singelos versos hoje pela manhã e eles me acompanham até agora.
DVDs no camelô

Já tinha me contato, mas eu ainda não tinha presenciado. Ontem, saindo do trabalho desci do prédio me deparei com os camelôs de todo dia, só que prestei atenção na bancada dos caras. Só DVD. Somente e apenas. E o destaque era para os lançamentos: X-men e Matrix Reloaded! Coméquipode? Eu nem vi o novo Matrix no cinema e os caras já vendem em DVD pirataço? Dei mole, não perguntei o preço, mas não deve ser mais do que dérreal.

Nem DVD oficial e legal desses filmes tem por aqui, como a camelotagem tem?? Bom, diante disse só penso que esse bolo doido de piratas é maior do se pensa...
Romiseta?

Que diabos é isso? Acabo de receber, por e-mail, o link (www.romiseta.com.br) para solucionar essa dúvida. Agora fico com outra dúvida, será que alguém já comprou um ou até mesmo viu um bichinho desses andando pela rua?



Cara, o site é divertido... Tem umas fotos estranhas pra burro.

Já tava eu me imaginando dirigindo pela Brasil num 'ovo-móvel' como esse.
MEU ARQUIVOS VOLTARAM!

DONA ANTÔNIA, MUITO OBRIGADO PRO SUA PACIÊNCIA E COLABORAÇÃO.

GRATO,

VICENTE MAGNO
Um péla-saco ao chão!

quinta-feira, junho 12, 2003

Mais uma vez a volta pra casa e uma grande piada

Lá por meia noite peguei o caminho da rua pra voltar pra Bangu. Fui pra Rua Mem de Sá pra encarar um ônibus q me levasse pra Central. Como eu não lembrava qual era, resolvi ir andando. Saí da Rua Gomes Freire, passei pela Praça da Cruz Vermelha, pertinho de onde nasci, e fui até Rua de Santana, que peguei pra chegar a Central. Fui vendo as criaturas da noite, os malandros (eles ainda existem!), as profissionais do sexo, os bebuns e tudo mais. Tem dois prostíbulos novos nos arredores, não que eu freqüente os estabelecimentos, mas por passar sempre a gente percebe as mudanças e novidades.

20 minutos de caminhada, já na Central e perto de dar uma hora, pensei que o famigerado 393 não passaria. Querendo ser malandro, vi um 383 (Praça Tiradentes - Realengo) na pista central da Presidente Vargas. Montei no porco até chegar ao coletivo. Subi, dormi como um neném. O 383 não vai pela Avenida Brasil, beira a linha férrea (cruzando toda a Zona Norte) até Realengo, onde se mete pelos confins do bairro. A proposta era descer em Realengo e pegar qq um dos 15 ônibus que ali passam e me levam pra casa.

Pena, eu dormia como um neném. Acordei depois do ponto, já num lugar bizarro de escuro. Desci no susto ali mesmo, ainda bem que era um lugar onde eu sabia andar. Tive que voltar pouco até o ponto certo. Aí já era 10 pras duas de la mañana e Vicente na pista.

Cheguei ao ponto pensando em chegar logo em casa... e quem passa? Justamente o mané do 393 do qual procurei fugir no Centro. Que piada! Quis ser malandro e foi justamente ele quem quebrou meu galho. Antes tivesse esperado um pouco mais na Central, teria dormido mais tranqüilo dentro dele.
Candelária – Lapa

Como não existe um ônibus Candelária-Lapa, fui andando pra lá mesmo. Desci a Primeiro de Março ainda vendo o engarrafamento com aquela enorme quantidade de gente dentro dos ônibus procurando ir pra casa e mó cabeçada andando.

O Rio é lindo, impressiona como os prédios antigos, muito antigos, são belos e acabam não destoando do mais modernos. Passei a prestar atenção nele depois que minha Luciane falou disso. Até então a ficha não tinha caído.

Na caminhada foi engraçado ver que conforme a gente vai saindo do ‘centro nervoso’, quando já se passou da Presidente Vargas a coisa vai mudando de figura. Da Primeiro de Março fui pra Rosário, Rio Branco, depois Avenida Chile e Rua do Lavradio, já chegando na Lapa. O limite é o fim da Avenida Chile com a Lavradio. Ali tem o último prédio empresarial, o último ponto de ônibus (do S13, que vai pra Bangu).

Não têm mais engravatados, tá todo mundo super largadão, de chinelão e tudo mais. Na Lavradio rola o mesmo número de cabeças na rua, só que ta todo mundo sentadinho, feliz, dentro de bares e com aquelas ampolas de cerveja ao alcance da mão. E isso numa quarta-feira.
O Coral
O coral do camarada é maneiríssimo, não é que o cara canta! É um coral de câmara (eu nem sabia que isso existia), o Coral Brasil Ensemble - UFRJ. Show de bola. Eu não tenho qq cultura erudita musical, na qualidade de brucutu convicto, gostei do que ouvi.
Candelária
Ontem, como eu havia postado, não iria pra casa após o jogo, mas até a Lapa para encontrar a amiga Quéli Russel. Mas antes disso fiquei sabendo que um companheiro de trabalho se apresentaria, com seu coral, na Igreja da Candelária, bem aqui na frente. Fui, né, não custava nada mesmo. É sempre bom entrar lá, a Igreja é absurdamente linda. Começou a ser erguida no fim do século 18 e hoje, no século 21 é uma das coisas mais belas do Centro do Rio e olha que fica num ponto dos mais clássico caos urbano, na Presidente Vargas, entre a Rio Branco e a Primeiro de Março. Pena que nem todo mundo consegue ir lá dentro. Mesmo entendendo lhufas de arquitetura me agrada e muito.
Agora que a chapa esfriou vou escrever minhas asneiras do cotidiano.
Como tem gente acessando esse bagulho aqui! O que as pessoas tanto acessam pra ver? Nem tem mulher pelada.
Esse blog está de LUTO. Qq brincadeira, piadinha ou comentário pra me zoar será mandando pro espaço, assim como o IP do péla-saca lanfranhudo que se atrever.
EU QUERO MEUS ARQUIVOS DE VOLTA!!!

quarta-feira, junho 11, 2003

Táxis piratas

A Zona Oeste é área livre para os táxis piratas, o órgão municipal responsável, a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos, deveria ficar de olhos abertos, visto que a prefeitura vive falando que tem veículos de praça demais na cidade, mas caga e anda solenemente pra história.

Tá, tá bom. Só que hoje, vindo para cá, passei por duas blitze (acertei o plural?) da SMTU atrás de vans, mas um detalhe deveria ser levando em conta, a menos de 500 metros dos funcionários da superintendência, na Praça dos Abrolhos, em Padre Miguel, vários táxis piratas estava parados esperando passageiros. E é gritante, não são apenas veículos em taxímetro e tal, tem táxis de outras cidades! Sempre tem de São João de Meriti, que é branco com faixa azul, de Itaguaí, amarelo com faixa vermelha, todos bem diferentes dos veículos de praça cariocas que são amarelos com faixas azuis.
Os gravatinhas que me irritam

Esses caras, cheios de marra e com gravatas penduradas no pescoço, as vezes enchem o saco. Uns caras de gestão querem lançar um programa dentro da empresa, ok. Aí, chamam a Comunicação para reunião já com a estratégia de Comunicação traçada. Dizem que tem que ser assim e ponto. Pedem que os ajudem a dar um nome, criar uma sigla e um logo para a campanha. Começa-se a sugerir coisas, dizemos que certas palavras são desgastadas, desvalorizam o produto. Mas eles querem justamente aquilo que está desgastado. Pior, ainda ficam usando aquele vocabulário emebiei que não quer dizer lhufas. P q esses gravatinhas gostam desse vocabulário? Aposto que nem comer gente eles conseguem com essas palavras e expressões americanizadas.

Resultado, eles vão fazer do jeito que querem e vai sair a cagada que querem. Agora, se vai surtir efeito? Se vai ser bem aceito? Duvido. Pra evitar essa pentelhação era melhor esses gravatinhas mandarem logo o que querem e a gente manda pra gráfica. Pronto, eles ficam felizes e a gente não se mete com isso. O que irrita é saber que eles pensam ser capazes de fazer a parte da Comunicação e por isso os salários dos profissionais dessa área acabam sendo menores que os deles. Manés, péla-sacos e furingudos.
No 393

Eu reclamo horrores desse ônibus que muito irrita, mas um dia desses rolou uma paradinha que achei curiosa e até me diverti. Após subir no dito cujo, fui pagar os R$2,50 da passagem. Dei o dinheirinho pra ela e a recebi a informação: "Ó, tenho cafezinho e chocolate quente". Ah, tá bom tia, obrigado. Só que tinha mais, "e se tiver uma fominha, tenho bolo de banana e de cenoura". Eu já achava tudo bem engraçado e ela conclui a propaganda, "aceito dinheiro, moeda e até dou troco pra vale-transporte".

Ixpetáculo isso.
Férias tricolores

D. Glória tem umas tiradas curiosas. Ela é tricolor, né. Só que com a vinda do Romário pra Laranjeiras, ela (que odeia o cara) se diz licenciada, não torce pro time onde joga o cara. Hehe. Só vai voltar a torcer pelo tricolor quando o Baixinho sair de lá.
Quéli Russel x Flamengo

Minha grande amiga Quéli Russel tá fazendo mais um bota-fora, nunca vi uma pessoa fazer tantas despedidas. Ela, que é amiga querida, vai vazar pra Buenos Aires, onde vai fazer seu mestrado em Antropologia, ou melhor, Antropología (leia-se antropolorría), como os manés que falam espanhol.

Quéli, que já deve estar virando argentina, vai proibir o Vicente, seu ex-mucamo, de assistir a finalíssima da Copa do Brasil, onde uma as minhas maiores paixões vai estar... O que fazer? Já sei que o bar, uma casa de samba na Lapa, não tem televisão! Acho que vou lá só dar-lhe um beijo e vou embora e tomar o caminho de Bangu.

Bom, de qq forma já estou com o Manto Sagrado dentro da mochila.

Ai, ai, Quéli...
Salve São Judas Tadeu!

Hoje é dia de São Judas Tadeu, o padroeiro rubro-negro, apitar e falar alto. Fazer o Nelsinho escalar direito o time, pondo o Jean no lugar do Zé Carlos e não deixar o André Gomes começar jongando, dando lugar ao Jônatas.
Que São Judas Tadeu ajude Athirson a lembrar que é craque e jogar bola, que ajude o Felipe fazer mais do que no último jogo. Nesse bolo, permita também que o Edílson fale menos e faça mais gols, que Fernando e André Bahia segurem a onda mantendo o bom nível, que o Luciano Baiano repita sua partida de estréia (o FlaxFlu do 4 a 0), que o Fabinho, Júlio Cesar e todos os outros tb façam bonito.

Amém.

terça-feira, junho 10, 2003

Cocorocó

Cocorocó o galo já cantou
Levanta nego, tá na hora de tu ir pro batedor
O nega me deixa dormir mais um bocado
Não pode ser o senhorio está zangado com você
Ainda não pagaste a casa este mês
Levanta nego, que só falta dez pras seis

O nega me deixa dormir, eu hoje estou muito cansado
O relógio da parede talvez esteja enganado
O nega me deixa dormir, eu hoje estou muito doente
Deixa de fita, malandro, você não quer ir pro batente


Muito bom.

Letra de Paulo da Portela, acabei de escutar no meu novo CD. Diga-se de passagem, show de bola.
Mas, para alegrar o coração e os ouvidos...

Comprei o básico Velha Guarda da Portela - Homenangem a Paulo da Portela. Ainda não ouvi, mas só de ter o CD nas mãos me deixa feliz. O disco só tem composições desse que foi o sambista mais completo que o Rio de Janeiro já viu.
Ser mané é

Ir procurar - às 18h - presentinho pra alegrar Dona Glória no seu aniversário, caminhar pela Avenida Rio Branco, sentir algo molhando a bunda quando não há a menor ameaça de chuva. Parar, olhar pros lados, ficar sem entender, por a mão dentro da mochila e perceber que sua garrafa de soro fisiológico (carregado pra cima e pra baixo por conta das lentes de contato) está vazando. A fura-olho da garrafa parecia estar mijando e me deixou (e a minha mochila) absolutamente enxarcado.
Ai, ai, diliça

Ontem, como era de se esperar, cheguei em casa lá pelas 20h e brau e já a encontrei ocupada. Várias pessoas pelo terraço (que fica ao lado do meu quarto) e crianças brincando de pique-esconde pela casa. Resultado, a casa foi desocupada tarde e só fui dormir depois de 1h.

Acordei tarde toda vida e saí tarde de casa com quarenta minutos de atraso, tipo 8h15. Às 8h50 passou a condução, uma simpática van que tinha acabo de queimar o ar condicionado. Detalhe, espera-se que Vicente ocupe sua estação de trabalho, que eu chamo mesmo de baia, às 9h. No dado horário lá estava eu em Vista Alegre parado em um engarrafamento causado por um engavetamento horas antes em Bonsucesso. O piloto da van contou que levou duas horas pra chegar até o Centro.

Castigão. Só pode ser castigão.

Calor, trânsito parado, ar-condicionado quebrado, janela aberta, fumaça... Eita jeito bom de começar o dia...

Entre mortos e feridos, salvamo-nos todos. Cheguei a minha aprazível baia de onde digito esse post mané.

segunda-feira, junho 09, 2003

Suburbano no jornal

E não é que esse blog furingudo apareceu no JB? Companheiro Cid abriu sua coluna falando do Preto, pobre e suburbano. Já agradeci e fiz uma pequena reclamação por e-mail. Ele disse que sou estudante de jornalismo... quem dera... Isso já passou, sinto saudades até, mas hoje sou jornalista mesmo. Quer dizer, há cinco anos já tô nessa vida.

Bom, o cara elogiou esse negócio aqui. Tô impressionado.

"Preto, pobre e suburbano é o nome do blog de Vicente Magno. Estudante de jornalismo, tem em seu site um verdadeiro noticiário da vida real, pelo menos no que tange ao cotidiano carioca. O cara mora em Bangu, roda a cidade para cima e para baixo, e conta as agruras e as maravilhas de se viver no subúrbio de uma metrópole caótica como o Rio de Janeiro. Basta começar a ler seus textos para perceber que o nome do site foi uma solução bem humorada: seus textos são leves e otimistas, e mesmo quando reclama o faz num tom de quem quer que as coisas melhorem. Entre tantos posts sobre a questão da violência no Rio, política e urbanidades, Vicente encontra tempo para amenidades cariocas das mais interessantes". Escreveu o companheiro. Então tá. Valeu aê.

Ah, muleque. Tô com moral.

PS: Engraçado que só fiquei sabendo quando o saltitante Arnaldo avisou.
Não vai rolar

Tô triste, não vou poder ir ao casamento de camarada Kléston no fim do mês em Recife. Motivo: sou um durango. Fica muiiito caro ir até a capital pernambucana pra passar apenas um fim de semana.

Ficarei devendo essa aos amigos de lá.
Dona Glória

Hoje é aniversário da progenitora. Sei que vou chegar em casa e encontrar tudo cheio. Nunca vi uma mulher pra ser tão invocada e tão querida. Seu Carlos é muito mais boa praça que ela, mas inexplicavelmente chove gente no dia do aniversário dela, mais cabeças que no aniversário dele. Mesmo cansado do fim de semana, hoje é dia de dormir tarde.

E nem comprei nada pra ela, vou ver com Irmão-Léo pra providenciar uma paradinha pra D. Glória.

domingo, junho 08, 2003

Herói por acidente

Sábado de manhã acordei com um susto. Abri o jornal e vi uma matéria que dizia que meu grande camarada Minduím tinha passado por cima de um marmanjo no Aterro do Flamengo no dia anterior. Liguei pra ele correndo, mas não o encontrei.

Li a matéria com mais calma e vi que ele havia atropelado um cara que havia cometido um assalto. E, por conta do acidente, acabou sendo preso.

Aí, me liga o personagem. “Tu viu? Atropelei um maluco no Aterro”. Detalhe, a pista do Aterro é de velocidade, não há nem sinal, só passarelas pros pedestres. Logo, ninguém deveria passar por ali.

E meu camarada figura continuou. “Eu vinha no sapatinho, tinha passado um pardal de 80km e não podia correr. Aí apareceu um cara na pista, buzinei e ele se tocou. Só que, quando foi correr, escorregou. Não deu tempo. Passei por cima. Foi como passar sobre um pau”.

O carro que passava atrás parou, recolheu o atropelado, mas Minduím voltou de ré e fez o cara deixar o atropelado lá. Ele que tinha atropelado, ela que iria socorrer.

Nessa pintou a polícia e grampeou o atropelado. O mané tinha assaltado um coroa que tinha pego um empréstimo de 800 contos pouco antes. O ladrão tirou a grana do senhor e correu pra fugir, cruzando as pistas do Aterro. Perdeu, pleibói. Super Minduba passou sobre o lanfranhudo.

Na DP o coroa foi até Minduím, deu-lhe um abraço e agradeceu sua ‘boa ação’. É um herói esse rapaz. Pena eu não ter conseguido lhe dar um abraço hoje, foi seu aniversário.

Em tempo, o herói e parceiro teve um farol de milha quebrado e o pára-choques amassado, enquanto o atropelado teve fratura exposta no fêmur. Vai ser remendado enquanto tá preso.
Cena alcólica

Noite de sexta-feira, tava no Manoel e Juaquim do Largo do Machado quando uma senhora que ia dos 50 pros 60 anos sentou na mesa da frente. Vi que ela pediu uma capirinha e ficou na dela. Pouco depois a senhora pediu uma café. Até aí nada. Todos quietinhos...

Mas de repente... lá se foram os óculos dela para o chão, aí caiu o cartão de crédito tb. A senhora foi se curvar pra recuperar seus pertences e... caiu bonito da cadeira. Pior, ficou meio ajoelhada, meio imprensada entre a cadeira e a parede (que por bem, ficava do ladinho). Fazia força pra se levantar, mas não consegui se mover. Um horror de cena.

Fui obrigado a levantar e ir levanta-la. Nada demais, a peguei e coloquei sentada na cadeira. A senhora agradeceu e disse com os olhos esbugalhados “obrigada, é que não estou acostumada a beber caipirinha”.

Nem precisava dizer, né tia. Eu vi. Espero que ela tenha chegado em casa sem cair mais vezes.
Hoje voltei a arregaçar sobre futebol. E quem não gostar que passe batido.
É, né

O time dos caras é melhor, eles jogam a próxima partida em casa, mas confio na raça do meu time. Foi com ela que coquistou-se tricampeonato estadual sobre o bacalhau. Três vezes seguidas sobre o time da colina com times reconhecidamente inferiores. Se aconteceu tantas vezes, p q nao pode acontecer de novo?

Pô, se o técnico dos caras e flamenguista e o principal jogar, o Deivid, tb, pq não vou pensar que isso possa contar a nosso favor?

Pena ter que trabalhar na quinta, se nao tivesse isso a idéia de ir a BH possivelmente viraria realidade...
Para encher os olhos e deixar o coração feliz


Mas algo que me orgulha é ver aquele estádio todinho lotado, todinho em vermelho e preto. Todinha cantando as mesma música, é como se fosse uma grande celebração de amor àquelas cores e ao nossos onze guerreiros que vestem o manto sagrado.

Qualquer pessoa, mesmo não gostando de futebol, sentiria emoção no Maracanã hoje. Mais de 70 mil pessoas, torcendo, cantando e empurrando juntos o mesmo time é um espetáculo a parte. A torcida do Flamengo é mais uma atração além do jogo.

Até mesmo a galera da Geral fez ola! Que digam, reclamem e se debatam, mas como a nação rubro-negra, não há igual.


Foto do Cassiano.
ÓDIO

Tb chorei de ódio quando o Simon, esse soprador de apito péla-saco que me irrita todas as vezes que é árbitro dos jogos do Mais Querido, anulou o gol do Edílson lá pelos 40 do segundo tempo. Como eu quis mata-lo, como quis que ele tivesse um ataque do coração ali no meio do gramado ou mesmo um meteorito caísse na cabeça dele.
São essas coisas que fazem o Flamengo ser uma paixão



Gol aos 48 minutos do segundo tempo é demais pro meu coração. Confesso ter chorado naquele momento. Uma derrota seria injusta naquele jogo, o time azul deteve mais a bola, mas o Flamengo foi mais perigoso. Detalhe, foi o primeiro jogo em que não xinguei a mãe do mané do Fernando Baiano, ao menos ele fez o gol de empate.

Salve Fernando Baiano pelo gol.

Com o final da partida, a torcida explodiu de emoçao. E cantamos a plenos pulmões os nossos hinos. Passou-se mais de dez minutos e ao contrário de irmos embora, continuamos no mesmo lugar. Momentos êxtase e orgulho.
O guerreiro jamais foge a luta

Durante a semana combinei com Fabrício, camarada e amuleto, que ficou de providenciar os ingresso pra vermos o jogo no Maracanã, o Mais Querido x o time azul de BH. E não é que moleque foi sabotado por seu irmão botafoguense e seu primo vascaíno? Ambos jogaram contra. Prometeram que fariam a parada e, sabe-se se por prazer, maldade ou sei lá o quê, atrapalharam. Primeiro saindo da fila na hora de comprar o ingresso sem justificativa, segundo prometendo levar os ingressos até o Fabrício e nada.

Às 13h do domingo não tínhamos ingresso e todos os meios de comunicação diziam: “está esgotado. Tudo foi vendido”. Vicente ia ficar em casa pra ver pela televisão? É ruim. Fui lá pra ver qual era, mesmo sem almoço.

13h50 já tava eu, e o companheiro Fabrício, rodando o Maracanã, com Ervilhão já estacionado longe do alcance dos flanelinhas. Eram os dois atrás de ingresso. Só a polícia não viu, mas eu encontrei pelo menos uns 15 cambistas só em uma volta.

Começaram querendo me vender por 40 real, depois 30 real, 20 real e no fim, comprei por 10 mermo. E lá fui eu. Fui de cadeira, pq de arquibancada não rolava.

Após ter ido a jogos furibundos ia deixar de ir logo na final? É ruim toda vida. Torcedor de verdade não vacila, se vira, dá um jeito, mas tá lá junto com o time.

sexta-feira, junho 06, 2003

Que pergunta estranha

Essas figuras com que trabalho são meio pilhadas demais. Há pouco rolava um papo de como seria pior morrer, queimado ou afogado.

Aí, querendo espalhara a pilha, vêm perguntar: "Vicente, vc prefere morer queimado ou afogado?". Eu, hein. Sai pra lá. Quero isso pra mim não.
Da série links inúteis

Recebi isso por e-mail há pouco. É, no mínimo, curioso. É só clicar na figura, arrastar o cursor e soltar. Acho que meninas não gostam muito da brincadeira, mas meninos com certeza se divertem. Ah, é imbecil mas é legal. E daí?

http://www.mxfiles.kneib.biz/drag_and_go_back_spezial.html
Faz tempo que não escrevo sobre futebol...

Mas vou escrever agora. Como o Flamengo não jogou na quarta, fiquei quietinho, ainda mais após a tragédia de Curitiba. Mas hoje meu ingresso pra final no domingão já está sendo providenciado. Logo, estarei lá no Maracanã. Como bom torcedor que sou, acredito que meu time pode ganhar. Um título nacional agora não iria mal.
E Deus criou o Céu, o Purgatório e o 393

Todo santo dia a volta para casa não é exatamente um prazer. Existe um 393 no meio da história, o veículo que me leva do Centro da cidade até o aprazível bairro de Bangu, a pelo menos 35 km de distância.

O referido número é o do ônibus que faz a linha Castelo - Bangu. E Castelo não é uma construção de pedra, mas o local onde está o ponto final e onde, há algumas centenas de anos Estácio de Sá construiu de verdade um castelo quando fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

O castelo não existe mais, o morro também não existe mais, mas o lugar existe, é a Avenida Antônio Carlos onde fica uma penca de prédios de ministérios, herança de quando éramos a capital federal.

Nessa avenida com três largas pistas passa boa parte dos ônibus que chegam da Zona Sul e que vão em direção a Praça XV, logo é uma mafuá de carros e ônibus que assusta.

Além da quantidade de carros, ônibus, buzinas, vans, camelôs, passantes que vêm e vão, o 393 possibilita algo bem peculiar. Consegue ter SETE filas de espera. SETE!
Uma,
duas,
três,
quatro,
cinco,
seis e
SETE.
Se cada uma das filas tiver 50 pessoas, teremos cerca de 350 pessoas na esperança de subir num maldito desses? É, né.

Hoje em dia existe uma diferenciação dos 393: o Rápido (que vai direto pela pista seletiva da Avenida Brasil e só pára em ponto em Irajá), o Expresso (que vai um pouco além do Rápido e só pára em Guadalupe, prestes a deixar a Brasil), o parador (que pára em todos os pontos do mundo entre o Castelo e Bangu!) e o Ar Condicionado (que é como o rápido, mas é R$1 mais caro). O com Ar é novidade recente, com cerca de um ano, acho.

Já cheguei a ficar uma hora e meia nessa fila, hoje opto por gastar o real a mais e pegar uma fila menor.

E a penúria não acaba após entrar no ônibus. A Antônio Carlos acaba pouco metros a frente afunilando e desenbocando na Rua 1º de Março (aquela onde caiu um prédio ano passado) onde o engarrafamento continua e se repete na Presidente Vargas, na Francisco Bicalho, na Avenida Brasil (no Caju, na entrada da Rio-Petrópolis e na entrada da Rio-São Paulo).

Depois disso é fácil. O que dói é pegar isso todo santo dia. Por baixo, custa ao passageiro uma hora para chegar em casa. Quando o engarrafamento é sinistro... bom, melhor nem pensar...

Sem dúvida é o que entendo por inferno.

quinta-feira, junho 05, 2003

Falem o que for, eu ainda acredito muito nesse cara.



A foto é do colega Ricardo Stuckert da Presidência da República.
Momento podrão

Sábado passado lá foi Vicente pedir uns trocados a D. Glória. A progenitora condicionou o empréstimo a uma pequena ação: dar uma escovada no box do meu banheiro. Me impressiona a insistência da minha respectiva mãe com a aquele pedaço da casa que fica sob meu domínio e de Irmão-Léo.

Sob protestos, subi para o segundo andar da casa portanto um balde com uma substância azulada e uma escova. Nessa operação concluí que esse caô de homenzinhos verdes em marte é muita invenção. Os cantinhos do meu box tem esses exemplares em profusão. Com respeito e educação, solicitei que as pequenas criaturas se encaminhassem para o primeiro ralo a disposição. Claro que não realizei toda a escovação no sábado, só a metade rolou. Sábado que vem tem mais. O baldão com a substância azul continua estrategicamente no meio do banheiro esperando a conclusão do serviço.

Por falar no tal banheiro, tem algo que me incomoda, um estranho e sobrenatural futum que vem do ralo. Pô, eu jogo água sanitária cheio de vontade naquela parada e o cheiro continua. Vou jogar é diabo verde lá dentro. Quizumbar o meu banheiro é que ninguém vai.
"Alegria, era o que faltava em mim"

Era o que faltava, fui na lojinha ali na rua Uruguaiana e comprei uma camisa poderosaça da seleção Belga. Foi difícil, mas enbrulhei e dei para dona Antônia, que é belga, né. Mas para compensar, pus no carrinho e trouxe comigo uma camisa do Santa Cruz. Isso mesmo, o simpático tricolor de Recife. É, Catirina, agora eu tb tenho uma. A minha tem até uma bandeirinha de Pernambuco do lado. Maneirinha.
Castigo pra Clarissa

Bem feito, quem manda me ligar pra pegar no pé após a tragédia em curitiba no último domingo? Hoje esse post é só pra lembrar que o Sport, time da minha querida amiga, levou um esculacho do Itacoruba, do sertão pernambucano. 4 a 2 no time da Ilha do Retiro. Quem manda tripudiar? Agora tem que aturar. O pior é que pode ser eliminado pelo próprio Itacoruba se não vencê-lo por dois gos de diferença na Ilha. Hmmm... Sei não, acho que o Leão vai rodar no campeonato estadual. Que pena, Clarissa...

quarta-feira, junho 04, 2003

Isso foge ao meu alcance de compreensão

Olha, que os caras façam funk (fânqui) eu acho normal e confesso até me divertir, já vi que rolava um Guaraná Furacão 2000 e até rolava um funk sobre, mas café?! Café? Pô, td bem que é bom diversificar os seus produtos, mas pular do funk pro café???

Tô bolado, quebraram uma coleguinha com um teco no ouvido!

Tava dando uma futucada nos jornais de São Paulo e me deparei com uma manchete de página da Folha dando conta que uma jornalista de 23 anos foi assassinada ontem em Presidente Prudente. Joguei o nome do veículo onde ela trabalhava no Google e me veio a HP do jornal onde eles confirmam a história. Tô chocado.

Rearrumei minha lista de blogs força amiga, mas até agora nada entrou no ar. O que está acontecendo?

Além disso os meus arquivos foram pro limbo dos blogs. Que coisa pentelha.
Até que a miss universo rende. Salve Amelia Vega.

terça-feira, junho 03, 2003

Sou azul... sou Roriz... quero ver o meu povo feliz...

Cara, é o pior jingle que eu já vi na vida! Eu tava lá em Bsb no segundo turno da última eleição quando o senhor Joaquim
Roriz, o Rorízio, foi eleito de novo para governar o DF.

Roriz é mais sujo que bunda em momento de evacuação, mas se elegeu baseando sua atuação e política e sua campanha e tipo mais baixo e clássico de assistencialismo.

Felizmente para o povo do DF a Procuradoria Geral da República, através do seu Brindeiro, pôs a mão na massa e mandou pro Tribunal Superior Eleitoral pedido de cassação do mané que apita lá em Brasília.

Com isso, sim, o povo de Brasília vai ser feilz.
Jaguar é uma figura...

Desencanando um pouco

Lana, leitora manauara dessa josta, enviou isso aqui. Achei engraçado e até fez sucesso no escritório. Custa nada dividir. O link é esse: http://fun.from.hell.pl/2003-02-18/volare-karaoke.swf. É uma brincadeira com karaokê.
Até quando vai essa hipocrisia?!

Eu, que tradicionalmente era um cara calmo e paciente, estou de saco cheio. Não dá, não acredito que a coisa está chegando a esse ponto!!! Mais uma vez tem matéria tacando pedra nos cornos do Chiquinho da Mangueira. O Globo publica hoje reportagem de Carter Anderson e Dimmi (salve Dimmi sangue bom!) onde Lars Grael desmente o Chiquinho, ainda secretário de Esportes desse estado.

Chiquinho foi acusado de visitar uma galera trafica originária da Mangueira, tipo Polegar e Tuchinha, que agora moram lá no complexo em Bangu. Onde já se viu secretário de estado visitar traficante!

Confesso que tenho vontade de chorar de raiva ao me deparar com a situação. Porque Chiquinho continua com a bola toda com a governadora e o coronel Bolinha. Até onde isso vai? Por muito menos secretários foram afastados do cargo!

São acusações gravíssimas sobre qq pessoa, ainda mais a respeito de um membro do primeiro escalão do governo estadual! Uma acusação de associação com o tráfico feita por um comandamente de batalhão é sério, mas não para Rosinha e Coronel Bolinha. Outra acusação de que o secretário visitou traficantes originários da comunidade que tem como base tb não representa nada.

Td bem que são aliados políticos, mas a situação é insustentável, não se pode continuar assim. Eles ao menos têm que fingir que vão investigar o caso. Estou com ódio, um ódio profundo disso tudo, um ódio profundo dessa família hipócrita que vem passando por cima de coisas graves como essa.

Pra eu querer matar um, ainda tenho que aturar esse indivíduo Chiquinho dizendo que quer se lançar a prefeito nas próximas eleiçoes... O ódio só cresce.

segunda-feira, junho 02, 2003

O que é amizade libertária?

Sábado estava eu na Cobal do Humaitá na companhia de Tuninha e Fernanda Novarino (ela, que sempre diz que vai e nunca aparece, foi. Eu tava lá e vi), quando um figura com uma daquelas jaquetas de nailon do Flamengo com um mega símbolo da Adidas chegou e nos entregou umas filipetas. Após ficar de olho grande na jaqueta do companheiro, que não é mais feita há quase uns dez anos, fomos ler o texto da filipeta que começa assim : "Música pulsante, atitute inteligente e amizade libertária reunindo artistas e a galera para dançar o melhor da levada mundial com a cara do Brasil, numa noite de grooves com Lord K, Big Bande e convidados".

Aí eu vou passar batido por música pulsante e levada mundial com a cara do Brasil e perguntar na lata: O QUE É AMIZADE LIBERTÁRIA?

As pessoas descolex que escrevem esses textos igualmente descolex podiam se preocupar em escrever coisas que fazem sentido. Não sei se é careta querer que a Comunicação realmente aconteça, mas fui criado assim.
Relógio

Vi no blog da Patrícia e resolvi pegar tb. É de uma inutilidade ímpar, mas coisas inúteis nos ajudam a desencanar as vezes. O link é esse aqui: http://www.lares.dti.ne.jp/%7Eyugo/storage/monocrafts_ver3/03/index.html

domingo, junho 01, 2003

É uma maldição

O problema não está no time, mas na cidade. Há algo sobrenatural por aquelas bandas. Nada contra a cidade, mas que existe algo por lá que trava o futebol e a sorte do Mais Querido, ah tem.

E não é só nesse campeonato, mas em torneios anteriores essa pentelhação já tava valendo. O Flamengo vai lá e... vlau! Só lambada.

Dois jogos e dez gols na bagagem? Sinistro, hein. Bem, eu continuo torcendo pelo Flamengo. Ganhe, perca ou empate. Continuo com ele. E ainda vou aos jogos torcer, pq o ato de torcer é algo bem peculiar.

Estranho que quatro rodadas atrás o time estava a um passo do terceiro lugar. Hoje, está em 15º eu acho.

Não acredito que tenha time pra ser campeão nacional, mas eu torço, critico, torço, vibro, xingo, torço. É a minha funçao e vou continuar seguindo até o fim.

E se alguém fizer algum comentário lombrando com meu time será devidamente apagado sem dó nem piedade. Essa josta de blog é meu e aqui eu apito.
Sonho meu

Como sonhar não custa nada...